quinta-feira, fevereiro 11, 2010

as primeiras fotos de empresta-me o teu coração

ensaio de 10-02-10, Teatro-Cine, Covilhã




4 Comments:

Blogger TeatrUBI said...

"O ímpeto de crescer e viver intensamente, foi tão forte em mim que não lhe consegui resistir.
Enfrentei os meus sentimentos.
A vida não é racional, é louca e cheia de mágoa.
Mas não quero viver comigo mesma.
Quero paixão, prazer, barulho, bebedeira e todo o mal.
Quero ouvir música rouca, ver rostos, dançar, roçar em corpos, beber absinto.
Quero conhecer pessoas perversas, ser íntimas delas.
Nunca olho para rostos inocentes.
Eu estava à espera.
Esta é a hora da expansão, do viver verdadeiro.
Todo o resto foi uma preparação.
A verdade é que sou inconstante, com estímulos sensuais em muitas direcções.
Fiquei docemente adormecida por alguns séculos e entrei em erupção sem avisar.
Não mereço um amor pela metade, mereço coisas extraordinárias.
Maldito seja o teu amor.
Nego-me a viver num mundo ordinário como uma mulher ordinária.
A estabelecer relações ordinárias. Necessito o êxtase. Não me adaptarei ao mundo, adapto-me a mim mesma.
Já alguma vez sentiste que não conseguiste dizer tudo a uma pessoa?
Empresta-me o teu coração!
Empresta-me os teus sapatos!"
É uma história de amor não correspondido! Várias visões, vários sentimentos!

1:48 da manhã  
Anonymous Fátima Oliveira said...

Minha cara amiga, como já tínhamos falado, o espectáculo “ Empresta-me o teu coração”, está prestes a estrear.
Além de ser uma representação é um espectáculo que transmite sentimentos quotidianos envolvidos por sensações e sentimentos que a todos nós lembra um pedaço daquilo que já fomos ou que somos mesmo.
O pico mais diferente da representação cénica é que são as próprias personagens que montam e desmontam o cenário, enriquecendo a encenação e o próprio espectáculo teatral.
As luzes em tons de azul envolvem o ambiente. A música escolhida a dedo complementa a peça “Empresta-me o teu coração”. É como o preto no branco. Sim… Preto! Os nove intérpretes vestidos de preto, inicialmente com mascaras negras iniciam parte do espectáculo. As personagens masculinas, todas em tronco nu, as luzes, as mascaras, a personagem feminina com uma nudez parcial, o cenário preto, as luzes negras contrastam com o branco das janelas que reflectem a silhueta dos intérpretes.
A personagem com os seios à mostra, causa certo impacto e transparece de forma natural como viemos ao mundo. Afinal nascemos nus não é verdade?!! Esta personagem sofre por amor, e é desprezada constantemente, independentemente da chama que propaga o ambiente.
A peça “empresta-me o teu coração” é um espectáculo interessante porque é parte daquilo que somos. São sentimentos que todos nos já sentimos. “Afinal quem nunca amou? Quem nunca sofreu por amor?”.
Ódio, violência, amor, vicio, indiferença, desprezo são alguns sentimentos que a peça “Empresta-me o teu coração” trasmite.

Minha amiga aconselho-te sempre a bons momentos de cultura e diversão. Conto com a tua presença para a peça do teatro da Universidade da Beira Interior. Nove intérpretes, estudantes da UBI, com uma paixão significativa pelo teatro dão asas à imaginação e a criatividade de forma a obter um espectáculo interessante e transparente a nível de sentimentos. Pessoalmente contar-te-ei mais pormenores.
Um grande beijinho da tua amiga Fátima Castro.

3:29 da tarde  
Blogger Sara Santos said...

Ao longo da peça há várias sensações que são transmitidas.
Cada membro da sociedade tem de sofrer e lutar sozinho, sem a ajuda de ninguém. Apesar de alguns desses membros se revelarem ao sistema como indejectos da sociedade, é a personagem central da peça que é bem vista por alheios, que tem o verdadeiro sentimento de indiferença e desprezo por parte do que mais ama.

4:32 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

"Empresta-me o teu coração"

Uma peça, mais do que isso, um espectáculo de luz, som e imagem, que nos leva à procura de sensações, vivências, lembranças e quem sabe até possíveis realizações futuras.
"Empresta-me o teu coração" aborda literalmente o empretar do coração a um alguém, a entrega total - carnal e sentimental - o esquecer do "eu" por instantes e pensar que o amor, a paixão, pode completar-nos.
A personagem colectiva (da qual faço parte) funciona como consciência de uma mulher moderna, de uma mulher que, apesar de decidida e sem pudor, se sente reduzida e incapaz de resistir e enfrentar aquele que ama e quer. Uma mulher que se sente despedaçada, que rasteja para suplicar por algo que no fundo sabe que existe. Na mente desta mulher há algo preso, há algo escondido por trás de umas janelas, há a sensação de que todos assintem à sua dor mas ninguém se move para a ajudar, ninguém consegue percebe-la, ninguém se interessa pelo que lhe acontece. Não há o mínimo de altruísmo naquelas que a rodeiam. Numa última tentativa de fugir daquilo que é tenta libertar-se da sua mente, tenta ser inconsciente, mas nem assim o consegue, aliás, chega mesmo à conclusão de que o mundo é absolutamente egoísta!

A mente, a alma, o todo do seu ser atinge o seu auge num conjunto de gritos de desespero, suplica, raiva, socorro,...

"Empresta-me o teu coração" é um espectaculo sem moralismos ou mensagem pré-definida, é sim um momento para cada um pensar naquilo que foi, é e quer ser!

11:56 da manhã  

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