quarta-feira, março 18, 2009

24, 25 e 26 de Março, Teatro-Cine da Covilhã, 21h30


Eu sou a que no mundo anda perdida, sou a que na vida não tem norte, a crucificada… a dolorida… Sou aquela que passa e ninguém vê…a que chamam triste sem o ser… Sou a que chora sem saber porquê… a visão de alguém que sonhou. Sou aquela que nunca ninguém encontrou.

ficha técnica.
produção_TeatrUBI_ASTA
direcção_Rui Pires
texto_Florbela Espanca_José Costa
cenografia_João Cantador_Rui Pires
desing gráfico_Sérgio Novo
desenho de luz_João Cantador_Rui Pires
voz off_Graça Faustino_Sérgio Novo
guarda roupa_ASTA_TeatrUBI
prof. de voz_Carmo Teixeira
prof. de interpretação_Sérgio Novo
co-criação e interpretação_Graça Faustino_João Cantador_Nícia Silva
agradecimentos_Javali Voador__José Costa_Mário Gomes_Rita Carrilho

as primeiras imagens de marca'dor

Optámos, uma vez mais, por misturar o teatro com as novas linguagens artísticas, a que juntámos um texto constituído a partir de vários textos de Florbela Espanca.
marca’dor vai ao encontro do universo psicológico da escritora, numa tentativa de imprimir aos vários estados emocionais, de uma das maiores poetisas portuguesas, uma linguagem corporal.
Em marca’dor procurámos chegar o mais possível ao mundo de Florbela Espanca. Procurámos viver e perceber o seu lado de loucura e de genialidade. Tentámos perceber a constante alteração de sentimentos que rodeiam toda a vivência da escritora, lemos e relemos sonetos, tentámos decifrar, tentámos construir um texto e um subtexto que sirva de inspiração e de base ao processo criativo. Continuámos na busca de imagens que, por si só, consigam levar o espectador até a este universo criado pela poetisa, tão rico em sentimentos, desejos, obsessões, delírios e com a morte, e o suicídio ali, sempre, tão presentes…Após vivenciar e tentar experimentar este mundo tão próprio de Florbela começámos a pensar que nome dar ao que estamos a fazer e ao que já tínhamos trabalhado. De entre as várias hipóteses ressaltou marca’dor.
marca’dor porque se fala de dor, porque dor é mais do que um sentimento na obra e vida da escritora, é um estado emocional e físico, porque a poetisa chega a sentir na pele “a dor que deveras sente”.
marca’dor porque os escritos de Florbela Espanca nos marcaram. Florbela que chegou até nós por uma feliz coincidência e mais não a pudemos largar, pelo contrário, cada vez mais nos envolvemos dentro de si, cada vez mais descobrimos esta mulher maior da literatura portuguesa que passa tantas vezes ao nosso lado sem lhe reconhecermos o devido valor.
marca’dor

sábado, março 14, 2009

14-03-1989 - 14-03-2009